Estamos vivenciando um tempo em que temas como robótica, realidade virtual, linguagem computacional e internet das coisas se fundem cada vez mais à rotina das pessoas. É uma verdadeira revolução tecnológica, ou melhor, se trata da “Quarta Revolução Industrial”.
É algo que reconfigura as relações de trabalho e as necessidade de produção. Isso porque as pessoas passam a supervisionar o trabalho das máquinas, e não mais a operá-las.
Surge então o questionamento: as empresas de cursos e treinamentos, escolas,instituições de ensino estão acompanhando essa realidade?
O impacto dessa nova configuração acaba indo além dos processos industriais e de produção e atingem a educação. E daí que surge a educação 4.0, um conceito de ensino que está intimamente associado à essa grande transformação tecnológica.
Entenda o conceito
Os que adotam essa nova perspectiva educacional entendem que o modelo tradicional não é capaz de preparar os alunos para o mundo real e não os ajuda a descobrir e aprimorar habilidades que são cada vez mais cobradas pela realidade da Quarta Revolução Industrial.
Os alunos sentem falta disso, pois estão rodeados pela tecnologia no dia a dia, mas ainda não conseguem ver uma interação tão grande no meio educacional, que muitas vezes ainda tem dificuldade de migrar para esse novo cenário.
Dessa forma, a educação 4.0 não quer acabar com o ensino de línguas, matemática, ciências, etc., mas sim integrar essas matérias à criação e reflexão de outras que têm se tornado cada vez mais indispensáveis.
Mas então o que ensinar na educação 4.0?
Como dissemos acima, na Quarta Revolução Industrial, a participação humana na produção é reduzida e se torna mais gerencial.
Essa nova realidade pede um destaque maior na disseminação de habilidades digitais, tais quais a programação, inteligência artificial, realidade virtual e aumentada, robótica, impressão 3D, etc., ou seja, tudo aquilo que a gente já vem falando aqui há algum tempo e adoramos.
Outro ponto que passa a ter maior relevância e tem sido cada vez mais destaque é o empreendedorismo. Para desenvolver uma visão mais empreendedora, as pessoas precisam primeiro desenvolver algumas competências como inteligência emocional, criatividade, improviso, a capacidade de trabalhar colaborativamente e de maneira interdisciplinar, etc.
Essas duas áreas juntas, tecnologia e empreendedorismo, despontam como os futuros pólos profissionais.
Mas mais do que aprender a empreender e a lidar com as novas tecnologias, o essencial na educação 4.0 é ensinar aos alunos a aprender, a continuarem aprendendo mesmo após as aulas, cursos e treinamentos, dando continuidade ao aprendizado no cotidiano. Afinal de contas, tudo é laboratório e pesquisa.
Learning by doing
A educação 4.0 acaba dando muito mais valor ao conceito de learning by doing, ou seja, o aprender fazendo. As lições que são transmitidas através de experiências próprias e cotidianas são muito mais proveitosas do que ler ou ouvir falar sobre quem fez.
O futuro está nas metodologias que envolvem uma série de práticas e valores inovadores que fazem com que alunos a “coloquem a mão na massa”, e não apenas absorvam o conteúdo de forma passiva.
Para muitos estudiosos sobre a educação, como é o caso do pesquisador Leo Burds do Massachusetts Institute of Technology (MIT), o conceito do 4.0 está muito mais aberto a permitir os erros, pois eles são considerados parte do processo de aprendizagem.
Esse foi o nosso conteúdo de hoje sobre a educação 4.0, o contexto em que ela está inserida e de onde vem a necessidade de adotá-la. Deixe um comentário abaixo contando o que achou. Deixe também suas sugestões de temas que quer ver aqui.
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Mariana Silva
Mariana Cordeiro é jornalista e especialista em marketing de conteúdo. Escreve para o NeritEduca e está sempre em busca do que há de mais novo no mercado educacional.
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